1-
MÉTODOS
DE AVALIAÇÃO:
1.1-Radiografia simples do abdome:
não permite a visibilização direta da glândula, mas
apresenta utilidade na detecção da litíase pancerática
e de gás dentro de abscessos do pâncreas.
1.2-Ultra-sonografia:
possibilita um bom acesso no exame da cabeça e do corpo,
porém a interposição gasosa de alças intestinais
dificulta o estudo da cauda.
1.3-Tomografia Computadorizada:
proporciona as melhores imagens da glândula e de suas
relações com as estruturas adjacentes.
1.4- Pancreatografia
retrógrada endoscópica:
método de suma importância devido ao estudo detalhado do
ducto pancreático.
1.5- Seriografia intestinal baritada:
utilização bastante restrita, nos dias hodiernos, para
pesquisa de doença pancreática em virtude do surgimento
das modalidades propedêuticas mais recentes.
1.6- Ressonância Magnética:
em fase de desenvolvimento na aquisição de imagens
pancreáticas.
2-
PATOLOGIAS
PRINCIPAIS:
2.1-Anomalias congênitas:
denomina-se pâncreas anular a situação na qual os
segmentos dorsal e ventral do desenvolvimento
embriológico da glândula não sofrem rotação, formando
um anel de tecido pancreático ao redor do duodeno, que
pode ser assintomático ou estreitar a luz com obstrução
parcial ou completa.
O
pâncreas divisum é caracterizado pela não fusão
dos ductos de Santorini (pâncreas dorsal) e Wirsung
(pâncreas ventral) deixando um pequeno segmento
pancreático ventral com um ducto que se une ao colédoco
na papila maior. Como na vida embrionária, o segmento
pancreático dorsal estará drenando pela papila menor.
2.2- Pancreatites:
a pancreatite aguda apresenta várias causas, sendo as
mais comuns o consumo de álcool e a coledocolitíase que,
juntas, são responsáveis por mais de 80% dos casos. A
radiologia convencional pode mostrar a presença de alça
sentinela e efusão pleural líquida mais comum à
esquerda. A ultra-sonografia é limitada nos processos
mais agudos por razões técnicas inerentes à
natureza deste método e
pela intensa dor abdominal que pode estar presente
no quadro clínico. A Tomografia Computadorizada é o
método de escolha no diagnóstico e estadiamento do
processo inflamatório, podendo identificar complicações
tais como hemorragia, formação de pseudocistos e
pseudoaneurismas e desenvolvimento de abscesso ou necrose.
A pancreatite crônica é identificada por calcificações
parenquimatosas e irregularidades do sistema canalicular
com saculações de seus ramos.
2.3- Neoplasias Benignas:
as não funcionantes são raras. Os tumores das ilhotas
são mais comuns e podem apresentar ou não função
endócrina (insulinomas, glucagonomas, gastrinomas e assim
por diante).
2.4-
Neoplasias Malignas:
o adenocarcinoma é o mais comum. Os tumores da cauda e do
corpo são assintomáticos quando pequenos. Na cabeça,
mesmo de dimensões reduzidas, podem ser detectados
tomograficamente ao causar obstrução do ducto biliar e
icterícia. |